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O MÚSICO MINEIRO FALA SOBRE SUA CARREIRA, TOCA E INTERPRETA GRANDES SUCESSOS COMO TREM AZUL
A TV Cultura presta homenagem ao cantor e compositor Lô Borges, que faleceu no último domingo (2), com a reapresentação do Ensaio que teve a participação do músico mineiro. Apresentado por Fernando Faro e gravado em 2003, o programa vai ao ar nesta segunda (3/11), logo após o Metrópolis, à meia-noite.
No Ensaio, Lô Borges toca, canta e conta a Fernando Faro as curiosidades de sua trajetória, que começou no boêmio bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte (MG). O artista fala sobre a amizade com Beto Guedes e Milton Nascimento, seu início de carreira e o Clube da Esquina. Também conta sobre a vez que conheceu Elis Regina e presenciou a cantora gravando uma de suas composições, Trem Azul, que ele apresenta neste programa. Lô também canta Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor, Feira Moderna, Equatorial, Clube da Esquina, Para Lennon e McCartney, Tudo o Que Você Podia Ser, O Girassol da Cor do Seu Cabelo e Paisagem da Janela.
Na década de 70, aos 19 anos, Lô Borges inicia sua carreira de cantor e compositor, lançando com Milton Nascimento a canção e o álbum duplo Clube da Esquina. O disco contou com a participação de músicos como Eumir Deodato, Toninho Horta, Wagner Tiso, Naná Vasconcelos, Beto Guedes, entre outros, tornando-se referência importante para os estudiosos da música contemporânea brasileira. Esse trabalho abriu caminho para Lô assumir a sua carreira solo influenciada também pelas referências musicais de sua juventude, como os Beatles e todo o pop até João Gilberto.
Como compositor, teve suas canções gravadas por grandes intérpretes da MPB como Milton Nascimento (Para Lennon e McCartney, entre outras), Simone (Tudo Que Você Podia Ser e Nenhum Mistério), Nana Caymmi (Clube da Esquina 1 e 2 e Nuvem Cigana), Gal Costa (Sonho Real), Elba Ramalho (Paisagem da Janela), Elis Regina (Para Lennon e McCartney e Trem Azul), Ney Matogrosso (Tudo Que Você Podia Ser), Boca Livre (Nuvem Cigana). A canção Trem Azul também foi gravada por Tom Jobim em 1990 e regravada em 1994 numa versão em inglês feita pelo próprio Tom em seu disco Antônio Carlos Brasileiro Jobim.