​Documentário-comédia ‘O Brasil Que Não Houve’, estreia sexta (24), no Canal Curta!


Dirigido e roteirizado por Renato Terra e Arnaldo Branco, o filme estreia no canal e fica disponível no streaming no dia seguinte

O documentário-comédia “O Brasil Que Não Houve – As Aventuras do Barão de Itararé no Reino de Getúlio Vargas” chega às telas do Canal Curta! na próxima sexta-feira (24), às 22h. Com narração de Gregorio Duvivier, o filme conta a história de Apparício Torelly, dono do pseudônimo Barão de Itararé, o grande nome do “jornalismo mentira, humorismo verdade”. O roteiro e direção são assinados por Renato Terra e Arnaldo Branco e a produção é da Inquietude. Antes da estreia no Canal Curta!, o filme passou pela Première Brasil do Festival do Rio, no início do mês. 

“De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo” foi uma das icônicas frases que marcaram o repertório do Barão de Itararé. Mas ela não se aplica a este filme. Ousado em sua forma, o documentário narra os feitos de Torelly, jornalista e escritor que comandava o jornal “A Manha”, publicação que satirizava a imprensa, os políticos e a sociedade em geral durante a “Era Vargas”. “Foi fundamental trazer o espírito bem humorado do Barão de Itararé para contar essa história. A trajetória do Barão e seus confrontos com o governo de Getúlio Vargas são contados pela lente do humor”, explica Renato Terra, que já dirigiu “Narciso em Férias”, “Uma Noite em 67”, “O Canto Livre de Nara Leão” e tem uma coluna semanal de humor na Folha de S.Paulo. 

O jornalístico criado por Torelly em 1926 pode ser considerado precursor de outros títulos como “O Pasquim”, o humorístico “Casseta & Planeta” e a página “Sensacionalista”. Antes disso, o jornalista assinou uma coluna no jornal “A Manhã”, a convite de Mário Rodrigues. Com olhar atento e humor afiado, confrontou o governo e cunhou diversas expressões muito conhecidas até hoje:  “O Barão é de uma época em que os humoristas eram cancelados de verdade. Somando todas sua passagens pela cadeia, ficou mais de dois anos preso por contar piadas e nem podia botar culpa no politicamente correto”, diz Arnaldo Branco, que assina seu primeiro documentário se não contarmos as sete temporadas em que ajudou a escrever o jornalístico de humor (ou humorístico de jornal) Greg News.

À sua maneira, Torelly mudou o jeito de fazer humor e o jornalismo. Ele, que se autodeclarou “herói de dois séculos”, nasceu sob a iminência de uma batalha armada que nunca aconteceu na cidade de Itararé, um confronto político previsto durante a Revolução de 30, que foi resolvido com base em um acordo, ou em um conchavo, prática que o Barão destaca frequentemente como vocação do Brasil. Hoje é considerado como o cronista oficial e atemporal de um Brasil que não houve.

Produzido pela Inquietude para o canal Curta!, o filme foi viabilizado através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). 

Sinopse
Neste documentário-comédia, Gregorio Duvivier narra os feitos do Barão de Itararé e os defeitos de um Brasil que se equilibra entre a graça e a desgraça. O documentário “Brasil que não houve – As aventuras do Barão de Itararé no Reino de Getúlio Vargas” saúda o grande humorista Apparício Torelly, o Barão de Itararé, e usa a sua peculiar lente do humor para satirizar a versão oficial do Brasil de ontem e de hoje. Tudo isso numa época em que comediantes iam para a prisão — e o Barão foi preso três vezes.


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