SÉRIE “SÃO FLORESTAS” REÚNE VOZES DA POPULAÇÃO AMAZÔNICA PARA DISCUTIR OS DESAFIOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DA REGIÃO


Dirigida por Miguel De Almeida, a produção terá evento de lançamento em 28 de outubro,
no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, e estreia nacional no mesmo dia, no SescTV
 

Com 17 episódios, série “São Florestas” estreia 28 de outubro, às 20h, no SescTV. Foto: Santa Rita Filmes.

 

Assista ao teaser da série 
 

A Amazônia é território de vida e de urgências. Entre rios que se espalham como veias e comunidades que resistem em silêncio ou canto, nascem as histórias reunidas na nova série documental SÃO FLORESTAS. Dirigida pelo jornalista e escritor Miguel De Almeida, a produção do SescTV conta com 17 episódios e estreia em 28 de outubro, com um convite a olhar a floresta pelo prisma de quem nela habita. O evento de lançamento acontece no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, às 19h, com bate-papo entre o diretor da série, o meteorologista Carlos Nobre e a comunicadora Adriana Ramos, seguido de exibição de um dos episódios. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos 1h antes na bilheteria da unidade.
 
A série não se organiza como narrativa única, mas como um mosaico de vozes. Povos originários, comunidades ribeirinhas, pesquisadores e lideranças sociais compõem um panorama que evidencia a Amazônia em múltiplas camadas. No momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP 30, em Belém — a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne anualmente representantes de quase 200 países para discutir políticas ambientais globais —, SÃO FLORESTAS reforça o coro ao recolocar a floresta no centro do debate: um território que abriga riquezas naturais e culturais, e, ao mesmo tempo, enfrenta desigualdades históricas e pressões globais.
 
Para o diretor Miguel De Almeida, a Amazônia exige um olhar que transcende mapas políticos e abrace sua dimensão planetária. Inspirado por Humboldt, ele enxerga o bioma como parte de um organismo terrestre indivisível: “Somos um só sistema, um único corpo. A natureza passa sobre os desenhos humanos para ser uma única estrutura: a Terra”. A série equilibra essa macrovisão com o retrato íntimo das comunidades tradicionais, guardiãs dessa riqueza natural e cultural, reafirmando a floresta como protagonista de um debate urgente para todo o planeta.
 

EVENTO DE LANÇAMENTO 
 
No dia 28 de outubro, às 19h, no Sesc 24 de Maio, acontece o lançamento de SÃO FLORESTAS, com uma conversa sobre economia sustentável e saúde na Amazônia, entre o diretor Miguel De Almeida, o meteorologista Carlos Nobre — cientista de projeção internacional, Nobel da Paz em 2007 pelo IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, das Nações Unidas — e a comunicadora Adriana Ramos, voz incansável na defesa socioambiental da Amazônia. Entre ciência, ativismo e narrativa, o bate-papo abre a primeira exibição pública da série, com o episódio Cidades e Comunidades Sustentáveis, que apresenta Afuá, a cidade suspensa sobre palafitas, onde bicicletas substituem carros e as marés definem o ritmo da vida, mostrando que tradição e inovação convivem em meio a tensões sociais e ambientais.
 
ESTREIA NA TV 
 
Às 20h do dia 28 de outubro, o SescTV estreia a série em sua programação com o episódio Pobreza x Abundância. A narrativa se abre com a extrativista Raimunda Rodrigues, da Reserva Extrativista do Rio Iriri, no Pará, que conta como o trabalho com o babaçu é uma tradição familiar, iniciada há muitas gerações. “A gente conseguiu não só alimentar nossa família e os ribeirinhos, mas também comercializar e ter uma renda maior para a comunidade”. Em suas mãos, o fruto da palmeira se converte em farinha, óleo e sustento. O gesto carrega não apenas sobrevivência, mas também uma economia silenciosa, mantida pelo ritmo da floresta.
 
Na mesma trama, o engenheiro agrônomo Beto Veríssimo, do projeto Amazônia 2030, contrapõe números à experiência cotidiana. Para ele, o desmatamento perpetua a pobreza. O que parece crescimento — a expansão da fronteira agrícola, o extrativismo acelerado — revela-se um ciclo de devastação e terra improdutiva, deixando quase metade da população amazônica abaixo da linha da pobreza. Ao lado desses relatos, a voz de Patrícia Cota, do Origens Brasil, reforça outra perspectiva: a de que proteger a floresta passa por valorizar o trabalho de quem dela cuida.
 
Os episódios da série percorrem temas que dialogam diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda global estabelecida pela ONU em 2015 para enfrentar desafios como pobreza, desigualdade e mudanças climáticas até 2030. Inspirados nos 17 ODS, os capítulos exploram desde o acesso a saneamento básico e energia limpa até a preservação da vida terrestre e aquática, passando pela igualdade de gênero, a educação e a justiça social.
 
Os temas abordados em SÃO FLORESTAS são: Pobreza x Abundância; A Terra Mata a Fome; Saúde e Bem-Estar; Educação de Qualidade; Igualdade de Gênero; Água Potável e Saneamento; Energia Limpa e Acessível; Trabalho Decente e Crescimento Econômico; Indústria, Inovação e Infraestrutura; Redução das Desigualdades; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Consumo e Produção Responsáveis; Ação contra a Mudança Global do Clima; Vida na Água; Vida Terrestre; Paz, Justiça e Instituições Eficazes; e Parcerias e Meios de Implementação.
 
Cada episódio é uma tentativa de costurar narrativas — entre a voz da floresta e as urgências do presente — em busca de caminhos que possam sustentar um futuro possível.
 

SERVIÇO 
 
SÃO FLORESTAS 
Série documental
Direção e apresentação: Miguel de Almeida
Produção: Marcelo Braga – Santa Rita Filmes
Realização: SescTV
Conteúdo: 17 episódios
Duração aproximada: 30 min cada
Classificação indicativa: Livre
Estreia: 28 de outubro de 2025, terça-feira, às 20h, no SescTV


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